Filipa Larangeira Carvalho
Dia Internacional da Saúde mental

A história que se segue é ficcionada mas poderá ser-lhe familiar.
"Um casal com dois filhos vai ao restaurante depois de quase dois anos de confinamento.
Estão entusiasmados com a ideia de poderem finalmente sair de casa.
Chegados ao local, sentam-se a aguardar a refeição.
O silêncio instala-se e começam a perder a paciência com a espera e com a inquietação das crianças.
Para as "sossegarem" colocam-lhes dois tablets à frente.
Os dois progenitores recolhem também aos seus telemóveis e só retiram os olhos dos écrans quando a comida chega à mesa.
Um pouco mais tarde as crianças voltam a requerer atenção ao pedirem repetidamente - quase em tom de exigência - uma sobremesa igual à que acabara de passar ao seu lado.
Os pais cedem.
As crianças sob o efeito do açúcar, começam a gritar. O pai apressa-se a pedir a conta para se poderem escapar rapidamente do restaurante.
O regresso a casa é quase um alívio dada a provação do jantar.
O casal deita as crianças e ambos adormecem a ver uma qualquer série da Netflix.
No dia seguinte acordam "de rastos" e depois da manhã apressada e a luta contra o trânsito, sentam-se finalmente ao computador para começarem a trabalhar.
Têm 150 emails, todos eles aparentemente urgentes.
A respiração acelera e o coração parece querer saltar-lhes pela boca...
Apressam-se a ir à casa de banho para que ninguém perceba que estão a ter um ataque de #ansiedade.
Ao mesmo tempo na escola, uma das crianças sente dor de barriga porque é dia de teste de matemática e não consegue perceber a matéria. Adora música e desenho, mas não compreende a utilidade dos números.
A outra criança já é adolescente e sente-se constantemente inquieta com os pensamentos que não consegue entender. Recorda todas as imagens de perfeição das redes sociais e quer ser igual àquelas raparigas.
Talvez por isso tenha escondido na mala o pequeno almoço que se apressa a deitar no lixo quando chega à escola."
Quantos de nós conhecem, em todo ou em parte, histórias como estas?
A forma como vivemos e as escolhas que fazemos, são basilares para a nossa saúde mental, emocional e física.
Ontem celebramos o dia internacional da #saúdemental.
Uma em cada seis crianças apresentam desafios mentais como ansiedade e depressão.
Estima-se ainda que daqui a 10 anos as doenças mentais matem mais que qualquer outra.
Talvez seja altura de pararmos para percebermos o que podemos fazer hoje para que este cenário não se concretize.
Se não o fizermos por nós que o façamos pelas crianças e jovens que temos a cargo. Essa foi a responsabilidade que assumimos com eles.
As boas notícias é que pais felizes dão crianças felizes, por isso comecemos por nós.
Se sente que precisa de ajuda para começar esta mudança procure um amigo/ familiar que o queira ajudar, um profissional recomendado (coach, terapeuta, psicólogo, etc.) ou conte connosco Newmanity School.
Seja o que for que escolha, faça-o!